No anno de 1601 foi mandada construir a alamêda da Porta do Olival, á custa do imposto do vinho, e de fronte do Terreiro da Relação se mandou abrir um postigo. A alamêda era guardada por quatro homens gratificados cada um com oito mil reis annuaes , tirados do mesmo imposto do vinho.
As freiras de Santa Clara, até ao anno de 1500, recebiam portagem das mercadorias que passavam pelo rio Douro. N’aquelle anno foi-lhe cassado o direito, e no anno de 1504 tornaram a restaural-o, pelo que dizia respeito ás mercadorias de Entre-os-rios, por ser couto do mosteiro.
Os cidadãos do Porto eram privilegiados de andarem armados por todo o reino. As armas, vindas para o Porto não pagavam nem decima nem ciza.
Em 1570 mandou D. Sebastião repartir armas do seu armazem pelos moradores do Porto que as não tivessem, sob condição de as pagarem. Em 1571 veio ordem para que todos se exercitassem no jogo das armas, aos domingos e dias sanctificados.
Em 1510 Correu uma demanda entre a cidade e Fernão Brandão sobre a portagem de Avintes. Desistiu Brandão, dando-lhe a cidade um terreno para casas e quintal junto ´z rua de S. Miguel e postigo pegado ao muro.
D. Manoel concedeu em 1497, aos ciadãos do Porto que podessem trazer borseguins, tendo couraças, capacetes, baleiras e cuxotes.
O julgado de Bouças foi dado ao Porto por D. João I em 7 de Julho de 1386, e tirado a Fernão Affonso de Abborim a quem o tinha dado D. Fernando. Depois o mesmo D. João I, o deu ao condestavel D. Nuno Alvares Pereira. A cidade oppos-se e venceu.
Camilo Castelo Branco, in «Gazeta Litterária do Porto», nº3, Janeiro de 1868